App ajuda no combate do trabalho escravo na moda brasileira.

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Nos últimos anos, tem sido recorrente as denúncias sobre o trabalho escravo ligado a indústria da moda. Os casos só vem aumentando, o que revela um lado obscuro e nada glamuroso de uma indústria que está ligada diretamente ao conceito de luxo, sofisticação e beleza.

O aplicativo Moda Livre, lançado nesta quarta-feira (11), promete incomodar muitas das grandes varejistas de moda no Brasil, pois seu funcionamento pretende combater e denunciar a mão-de-obra escrava neste setor.

O app é gratuito para smartphones e já está disponível para os sistemas operacionais Android e iOS. O lançamento faz parte da comemoração do aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completa 65 anos nesta semana. E pretende ser uma ferramenta útil para o consumidor que está indo às compras para o Natal.

Além das marcas dos dez maiores grupos varejistas do mercado, também foram incluídas empresas envolvidas em casos de trabalho escravo flagrados por fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego até junho deste ano. Isso totaliza 22 marcas nesta primeira versão. O aplicativo será atualizado, de acordo com mudanças nas políticas das empresas, e acrescido de novas marcas ao longo do tempo.

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Todas as companhias listadas no Moda Livre foram convidadas a responder um amplo questionário baseado em quatro indicadores:

1. Políticas: compromissos assumidos pelas empresas para combater o trabalho escravo em sua cadeia de fornecimento.

2. Monitoramento: medidas adotadas pelas empresas para fiscalizar seus fornecedores de roupa.

3. Transparência: ações tomadas pelas empresas para comunicar a seus clientes o que vêm fazendo para monitorar fornecedores e combater o trabalho escravo.

4. Histórico: resumo do envolvimento das empresas em casos de trabalho escravo, segundo o governo.

Com base nas respostas, as empresas receberam uma pontuação que as classifica em três categorias de cores (verde, amarelo e vermelho), de acordo com as medidas que tomam para combater o trabalho escravo. Aquelas que não responderam ao questionário, apesar dos insistentes convites, foram automaticamente incluídas na categoria vermelha.

É importante ressaltar que o Moda Livre não recomenda que o consumidor compre ou deixe de comprar roupas de determinada marca. Apenas fornece informações para que faça a escolha de forma consciente.

O App está disponível na loja da Apple e no Google Play e roda nos sistemas operacionais iOs 5+ e Android 4+. Pode ser encontrado com os termos de busca “moda livre” e “moda livre repórter brasil” ou através dos links na Apple Store (http://is.gd/htz9d9) e no Google Play (http://is.gd/9KtOEH).

Vale a lembrar que o app está sendo atualizado aos poucos e, como foi destacado acima, as marcas que não responderam o questionário são colocadas automaticamente na mesma categoria das empresas infratoras. Por isso, é preciso utilizar o aplicativo com muita moderação!

Fonte: ReporterBrasil.org.br, PragmatismoPolitico.

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